Ruta Sepetys - Arqueiro, 2011
"Lina Vilkas é uma lituana de 15 anos cheia de sonhos. Dotada de um incrível
talento artístico, ela se prepara para estudar artes na capital. No entanto, a
noite de 14 de junho de 1941 muda para sempre seus planos. Por toda a região do Báltico, a polícia secreta soviética está
invadindo casas e deportando pessoas. Junto com a mãe e o irmão de 10 anos,
Lina é jogada num trem, em condições desumanas, e levada para um gulag, na Sibéria.
Lá, os deportados sofrem maus-tratos e trabalham arduamente para
garantir uma ração ínfima de pão. Nada mais lhes resta, exceto o apoio mútuo e
a esperança. E é isso que faz com que Lina insista em sua arte, usando seus
desenhos para enviar mensagens codificadas ao pai, preso pelos soviéticos."
Fonte: Verso do livro.
Eu
costumo ler livros baseados em história reais e muitos tem como plano de fundo:
guerras. Assim como: A menina que roubava livros, O Diário de Anne Frank, Resistência
entre outros que já li. Confesso que dentre todos que já li A vida em tons de cinza foi o segundo que mais me marcou (#1-A menina que roubava livros). Não consegui ler
nada, nenhum outro livro por duas semanas seguidas. Começa e parava. Até que me dei um tempo de luto pelo fim do livro. Porque não parava de pensar na história. Tenho esse defeito. Sou
consumida pela história de tal forma, que mesmo após terminar a leitura não
consigo pensar em outra coisa. Fico dias pensando a respeito, conjecturando
sobre os personagens. É uma qualidade enquanto estou lendo, mas um defeito ao termino
da leitura. Até porque tem leituras que não são fáceis.
A
narração feita pela Lina é bem direta, não há pausa, nem surpresas. Gosto disso, pois não dá tempo de montar a história na
cabeça. Pouco descritiva, mas o suficiente para colocar o leitor no local. O
livro é dividido por seções, mas é cronológico. Tem inicio, meio e fim.
Lina é
um personagem marcante. É forte, inteligente e determinada. A busca por informações e notícias do pai a faz
ficar focada e concentrada apesar de todo horror em que ela está vivendo. E
acho que esse é o ponto que me consome. Fico tentando compreender o que move
uma pessoa em uma situação como essa. Essa força e garra pra viver nem que seja
apenas mais um dia. Livros assim me fazem refletir sobre a vida e ambições.
Em seu livro de estréia a Ruta Sepetys foi muito certeira. Escreveu uma história marcante de luta pela vida, contou a história silenciada de seus descendentes, e ainda teve espaço para um romance leve e fofo.
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