Stieg Larsson - Companhia das Letras, 2012
Tinha muitas expectativas quando ao livro. Toda aquela promoção do filme me fez ficar muito ansiosa para ler a série Millennium. Comprei o box à alguns meses, mas como cada livro tem mais de 500 páginas, imaginei que levaria um mês para terminar. Ledo engano, levei seis dias para terminar o primeiro e um dia para ler o segundo. Um verdadeiro recorde pra mim.
Depois de terminar o primeiro ficava pensando no que iria acontecer, como a história seria retomada, essas coisas. Não suportei a ansiedade e engatei o segundo e tenso A menina que brincava com fogo.
A série chama muito a atenção e depois da refilmagem, foi impossível de ignorar. Como disse, estava cheias de expectativas e todas foram superadas.
SINOPSE: "Os homens que não amavam as mulheres é um enigma a portas fechadas - passa-se
na circunvizinhança de uma ilha. Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um
império industrial, some sem deixar vestígios... Quase quarenta anos depois o industrial
Henrik Vanger, contrata o jornalista Mikael Blomkvist para conduzir uma investigação
particular. Mikael descobre que suas inquirições não são bem-vindas pela família
Vanger. E que muitos querem vê-lo pelas costas. De preferência, morto. Com o
auxílio de Lisbeth Salander, que conta com uma mente infatigável para a busca
de dados, ele logo percebe que a trilha de
segredos e perversidades do clã industrial recua até muito antes do
desaparecimento ou morte de Harriet. E segue até muito depois... "(retirado do skoob)
Steig Larsson é um autor e tanto. É impressionante como ele prende a atenção do leitor. São tantos suspenses e mistérios, que o leitor se pergunta, como é que esse cara vai atar todas essas pontas. E ele não só resolve os mistérios existentes, como joga mais mistérios em cena para resolver no próximo livro. É realmente impressionante.
Os Homens que não amavam as mulheres é um suspense todo amarradinho. Não ficam perguntas sem respostas. São tantos detalhes técnicos e históricos, que imagino o tempo de pesquisa que ele deve ter gasto. Os personagens envolvidos no mistério da família Vanger são de dar medo. Nesse primeiro livro somos apresentados aos personagens principais da trilogia: Mikael e Lisbeth. Mikael, apesar de ser o "mocinho" da trama, não me pareceu muito interessante. Já a Lisbeth é intrigante demais. A Lisbeth é tão misteriosa, e imprevisível, que é impossivel parar de pensar nela. Apesar do papel dela ser secundário neste primeiro livro.
O que não gostei no livro, claro, foram as 522 páginas desnecessárias. Alguns detalhes técnicos são irrelevantes. O autor por várias vezes, discorre páginas e páginas, sobre a configuração dos computadores utilizados, sobre as motos, sobre carros, com descrições sobre apartamentos e o pior, sobre o mercado imobiliário. Que nada tem a ver com a narrativa principal. Aqueles momentos que leitor sabe que está sendo enrolado (kkk).
Fora esse excesso, o livro é muito bom.
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